segunda-feira, abril 02, 2007

Histórias... (Des)conexas...


"A confiança é mais instável do que a traição, logo, é mais perigosa."
(Esyath Barret)

Vamos por partes. Eu me chamo Esyath Barret e como já perceberam, o nome deste espaço é Historias (Des)conexas, justamente porque tenho escrito de forma aleatória. Minha intenção é rascunhar coisas boas para um livro, quem sabe num futuro distante? E gosto da opinião de vocês, meus amigos. Então, os primeiros posts foram escritos, como uma antiga ancestral minha, registrando em cartas seus dias... A história dela ainda está longe de acabar... E graças a Deus, parece que até agora, todos apreciaram o que ela escreve... Mas agora, irei postar a primeira cena que me veio a cabeça de uma outra história...

Eis aqui, que eu lhes apresento o começo da história mais (des)conexa de todas... A história na opinião de uns, e meramente lenda na opinião de outros, da jovem Alda Cristine Gisely Fernandes Barret. Uma jovem portuguesa e que foi obrigada ainda criança a partir rumo a instável Escócia. Sendo criada em um clã escocês e sendo seduzida por um pomposo inglês... Uma história longa, sem nexo e ainda sem fim...
Hapyness Mont House, Cumbria, Inglaterra - 1680

“- Desgraçado! Canalha! Patife! Infeliz! Cachorro! Demônio! Possuído! Cafajeste! Retardado! Presunçoso! Petulante! Perverso! Imundo! Nefasto! Vil! Desgraçado!
- Eu acho que você está se tornando repetitiva querida! Talvez seja o caso de procurar alguma enciclopédia na biblioteca para renovar seu limitado vocabulário! – Disse o homem que calmamente entrou no recinto e sentou-se na poltrona, ignorando propositalmente a fúria velada nos olhos castanho-escuros da mulher, que impetuosamente gritava imprecações sem reservas.
Ela virou-se para ele, dando as costas ao espelho e questionando-se mentalmente se ele havia enlouquecido. Como ousava entrar ali e encará-la como se nada houvesse acontecido? Ela iria matá-lo! Estrangulá-lo? Não! Seria melhor esquartejá-lo! Quem sabe se o afogasse? Ela podia antever o prazer de silenciar aquele traidor vagarosamente!
Sua morte teria de ser lenta, pois ele deveria agonizar quando fosse desmembrado, para que sentisse ao menos uma fração de sua dor. Por quê doía tanto o seu peito? Não, agora não era o momento de sentir piedade de si mesma! Agora ela devia sentir apenas ódio! Ele era tão sádico, que talvez sentisse prazer em morrer para não enfrentar a própria consciência! Mas um infame como ele não tinha honra e muito menos, consciência! Infeliz era o que ele era!
- Talvez eu aceite sua sugestão, quando lhe arrancar a cabeça! – Bradou ela, tirando um punhal em forma de pente de seus longos cabelos e atirando no copo de conhaque que ele segurava, fazendo com que o copo se estilhaçasse.
Ele a fitou petrificado, pois jamais imaginaria que ela tinha uma pontaria tão brilhante, sobretudo, tinha noção de sua ira e que andava armada.”
Continua...