terça-feira, março 30, 2010

ATÉ ONDE SABEMOS?

"Quando perdemos quem amamos,
é claro que sentimos a raiva pulsar,
o medo dominar, e a solidão nos abraçar.
Mas não dizem que nada é eterno?"
(Esyath Barret)

SABIA

Você sabia quando cruzou a porta.
Eu me afundaria na negação,
e iludido como só eu poderia estar,
fingiria que não havia significado nada.
E isso dói.
Dói sentir o abandono,
minha negação,
e a certeza que você tinha
do que eu faria,
quando nem eu mesmo sabia.
E sei que você fez o certo,
cruzou a porta,
me obrigando a fazer o mesmo,
depois que a dor partisse,
e este ciclo se fechasse.
Porque assim,
finalmente eu soube,
que todos precisamos cruzar portas,
o passado, a dor,
você, eu e as lembranças.

Esyath Barret
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Gente, eu gostaria de esclarecer a vocês que aqui no Histórias (Des)conexas, praticamente tudo o que posto é ficção, e isso inclui meus versos. Escritores são grandes fingidores, pensadores, mas ao mesmo tempo, seres que observam a vida humana e tentam compreendê-la. Então, quando verso, na verdade estou criando hipóteses e teorias. Meus poemas em geral, tratam do que sinto e não do que vivencio. Mais ou menos como eu me sentiria diante daquela ou dessa situação... E por vezes pondero sob óticas distintas e contraditórias e acabo até mesmo produzindo versos antagônicos, sobre um mesmo tema. Então só para esclarecer... Não estou sofrendo de amor ou de abandono. Pelo menos não do ponto-de-vista romântico, certo? Esses versos acima publicados, tratam de mais um de meus (Des)conexos Protagonistas... No caso em pauta, o de um amante abandonado, que é obrigado a lidar com sua dor para seguir adiante... Entendendo que tudo na vida é um ciclo... Gostaria de mais uma vez agradecer a visita de vocês e dizer que estou tentando ver como resolverei o problema da caixa de comentários, já que o Echo aparentemente comprou a Halloscan e desorganizou o coreto por aqui....

Beijos (Des)conexos!