terça-feira, novembro 13, 2007

VIDA! QUEM ÉS TU? UMA ALGOZ, UMA AMANTE OU UMA ALIADA?

“Minha palma encontra na tua,
o caminho necessário
para enxergar o pulsar da vida.”
(Esyath Barret)

VIDA

A vida nem sempre é rosada como um romance, mas tem uma peculiaridade significativa. Mostra o quanto somos humanos. Um romance aquece o sonho, mas é a Vida quem apresenta um universo de possibilidades. Um livro pode ser poético, mas não traz a intensidade de uma lágrima. O sermão de uma mãe demonstra preocupação, que é muito mais doce do que a indiferença da decepção.
A música que pulsa em cada som a nossa volta, batalha internamente com o nosso medo da monotonia. Talvez por isso recorramos à magia de um bom romance, ou as gargalhadas de um filme excelente. Mas no fim, a poesia vive mesmo através da inconstância do tempo. Esse minuto nunca será igual ao próximo e cada momento faz nascer entre nós sorriso novo.
Um grito, uma ofensa, uma lágrima, um riso só torna a nossa existência mais bela e complexa. Através disso, demonstramos que ainda nos importamos com o nosso destino. E apesar dos pesares, ainda não nos entregamos a autocompaixão. Ainda nos indignamos com a passividade e basta que sejamos lúcidos e lunáticos ao mesmo tempo. A lucidez surge quando constatamos nossa realidade, e a loucura quando esquecemos as regras do bom senso, agindo até as últimas conseqüências em prol da realização de nossas vontades e felicidade.
A graça da vida está nos obstáculos e nos medos, porque assim mantemos a esperança de lutarmos por um destino mais decente. Refugiar-se em livros, filmes ou outros hábitos, não solucionará os dilemas, mas pode nos inspirar a agir com originalidade e perseverança. Afinal, viver não é fácil, mas quando surge alegria entre lágrimas e ofensas, nós evidenciamos que ainda nos importamos com o que vale realmente a pena nessa vida: nosso próprio eu.
Arrepender-se é um modo de aprender novos caminhos para não repetir erros, mas passar a vida lamentando-se é apenas um modo de desistir de si próprio. E aí sim, a poesia da vida não terá passado de um soneto fracassado.
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Amigos blogueiros, uma vez mais, estou atarefada e com hábitos indisciplinados, mas como sempre, não me esqueço de nenhum de vocês. Em breve espero atualizar todas as visitas e respostas aos comentários. Agradeço a todos o constante apoio. Mas meu maior desejo é dar continuidade ao conto de Lumã, certamente, tema de meu próximo post.

Beijos (Des)conexos a todos!


Esyath Barret