AS DORES QUE DESTROEM...

leva consigo mais do que deveria.
Mas deixa com quem conviveu
a lembrança de um dia ter existido."
(Esyath Barret)
POVO PERDIDO
Sentada em seu lar
a sociedade testemunha o apocalipse.
Resigna-se com a fúria da natureza,
e imersa na conformidade
pranteia as perdas de um povo.
A natureza impôs violência
a inocentes e desprevenidos.
E com dor e impotência
as pobres vítimas enterram seus mortos.
E imploram por uma misericórdia
que mais vem de Deus do que dos homens.
Homens que sentados em seu lar
se entristecem com a dor alheia.
E dão cinco segundos de atenção
a um sofrimento inominável
de pobres desolados,
que dos irmãos recebem apenas esmolas.
Onde está a justiça?
Em segundos de piedade e venda de notícias?
Não! A justiça foi varrida
e levada pela correnteza dos tsunamis.
Ó Japão, pranteia tua dor,
que neste momento lavará tua alma.
Apenas livre da temeridade,
poderás uma vez mais te reerguer
como o herói bravo que hoje és.
Esyath Barret
_____________________________________Francamente hoje ia postar a continuação do conto ficcional de natal que escrevi, a última parte, mas diante das catástrofes naturais que devastaram o Japão nos últimos dias, decidi rezar pelos inocentes que morreram e pelos que estão padecendo por aquele infortúnio. Em momentos assim devemos deixar de tolice e agradecer o que temos, ao invés de nos irritamos porque não tivemos dinheiro para comprar um celular novo, a roupa da moda, uma câmera digital top, ou porque alguém deixou de fazer o que queríamos... Todas as dores a seu tempo são importantes, mas nada supera a humilhação, a impotência e a dor de perder não apenas tudo o que temos, mas quem amamos... de modo tão brutal.
“Japão meu coração está contigo e espero poder fazer mais do que apenas rezar por ti.”
Beijos (Des)conexos!