terça-feira, junho 26, 2007

UMA GRANDE AMIZADE

“Nas areias da vida,
os grãos juntos uma duna formam,
que com o vento vai e volta,
mas nada soterra,
pois guarda segredos e presentes:
Livros, Amores e Amizades.”
(Esyath Barret)
AMIZADE
Poderia escrever aqui incontáveis prosas, indescritíveis versos, mas desta vez, penso que meu silêncio era para me forçar a esperar o que estava para em minhas mãos e meu coração chegar. Fui na agência dos correios e recebi um embrulho pequenino, cheio de selos variados e quando abri, o que encontrei, foi uma grande prova de amizade, algo que me provou que a amizade verdadeira ultrapassa diferenças de sexo, de cor, de cidade, barreiras como distância e principalmente, quando é verdadeira, é eterna, porque dura para sempre.
“O Seth Plate me dedicou dois livros. Seus livros. Mais do que lembranças, foram provas de sua contundente amizade. Então, dedico este post inteiramente ao meu amigo verdadeiro, que compreende minha alma mais do que eu mesma.”

Deveria ter sido isso que o Seth Plate deveria ter me escrito, quando me mandou de presente de aniversário seus dois livros, que traduziram com efeito, estes versos singelos, que escrevo e dedico a ele, o qual ultrapassou as barreiras virtuais e se apresentou diante de mim, como Calebe Morais.

PRESENTE DE BALZAC
PRESENTE DE AMIZADE.

Este livro pertence a ti.
Pois que presentes te daria?
A estrela firmada no Universo:
Minha Amizade.
Este livro pertence a ti,
não pelo que Balzac faz Félix suportar.
Mas pelos corações nesta história liriosa,
que sucumbem de amor,
demonstrando cada vez que Henriette
ou a Sra. Mortsauf sorriem ou choram,
ao entrarem em cena,
que a única que lá encontro é ti.
Mesmo distante,
mesmo ausente,
te encontro aqui a cada instante:
nas páginas Balzaquianas,
e nos meus dias paulistanos.
Este livro pertence a ti,
assim como tua amizade,
pertence a mim.

Esyath Barret

segunda-feira, junho 18, 2007

SILÊNCIO

“Dentro de cada caixa,
existe uma resposta:
Gritante e Silenciosa.”
(Esyath Barret)
SILÊNCIO
SILÊNCIO

Não entendo.
O que queres dizer?
Esta tua eloqüência,
mudez e surdez.
É como se fizeste brotar um vazio.
Mas sei que aqui está preenchido.
Só não entendo o que sinto.
Fico a me questionar.
Mas respostas não me chegam.
E novamente me ponho a raciocinar.
Mas este silêncio preenchido,
não me sai daqui...
O que queres dizer?
Fala silêncio! Fala!
Não me deixes com o peito
abarrotado daquilo
que não fala,
que tudo sabe
e que não entendo...

Esyath Barret

terça-feira, junho 12, 2007

MEU ANIVERSÁRIO

"Não existem coincidências.
Não existem explicações.
Existem apenas as existências.
Existem no seu devido tempo."
(Esyath Barret)
TEMPO
CRÔNICA DO MEU ANIVERSÁRIO
TEMPO
Dia doze de junho de 2007. Não seria um dia como outro qualquer? Muitos comemoram o dia dos apaixonados, muitos comemoram seus aniversários, muitos celebram apenas a vida. E eu? A que deveria brindar? Hoje é meu aniversário, deveria escrever algo bonito, poético, pessoal, mas acreditem, prefiro mesmo a típica impessoalidade... Narrando meu dia até agora...
00:00hs
Acordei ouvindo gritos, na verdade eram escândalos que a matriarca estava dando na filha caçula.
00:05hs
Reclamo e peço silêncio. A matriarca diz que eu me incomodo com tudo, que não estava perturbando meu sono e se empertigando, cala-se.
06:00hs
Escuto o som de uma porta de chocando, mais adiante um portão de ferro sendo empurrado.
Era a minha irmã caçula que estava saindo apressada e resolveu alegrar meu dia com todos estes barulhos conhecidamente desagradáveis.
06:40hs
Estou pronta para sair. Fecho a porta, guardo a chave no jarro. Ligo para meu irmão, perguntando se ele pretende a voltar para casa, uma vez que na noite anterior ele dormiu fora.
06:50hs
Chego no banco Real para fazer alguns pagamentos, saco dinheiro e me encaminho para a Universidade.
07:30hs
Chego na Universidade, pois terei uma prova final de Direito Comercial.
08:00hs
A professora começa a entregar as provas e o primeiro “parabéns” que ouço é o de minha colega da direita. Mariana. Menina simpática, impessoal, discreta, mas ainda assim, prestativa.
10:15hs
Termino a prova, sou felicitada por outro colega: Renan. Figura sociável, politizado e impessoal. Sempre sorridente.
10:35hs
Chego na Unicred, outro banco. Termino de efetuar mais alguns pagamentos e me encaminho para o prédio ao lado. Preciso falar com uma funcionária da Unimed, sobre as novas guias de atendimento que estão sendo usadas no consultório de maman.
10:45hs
O terceiro parabéns que recebo no dia é dado por Penha. Uma assistente social, muito educada e simpática, que sempre é prestativa. Todos os anos ela lembra-se do meu aniversário. Este ano não foi diferente. Mal entrei em sua sala, ela estava ao telefone no momento, largou o aparelho, me parabenizou e me deu um forte abraço. Esse sim valeu como o primeiro parabéns do dia. Ela me desejou de verdade felicidade, ela se preocupou com a importância da data para mim. Uma boa mulher.
11:20hs
Começa a chover. Eu chego em casa. Meu irmão já entrou, não buzino para não incomodar maman, que vive reclamando do som da buzina do carro. Eu pulo o portão, bato na porta e ela abre, assustada, pensando que era alguém estranho. Pego a chave, abro o portão da garagem, como a chuva está grossa, volto na sala, pego uma sombrinha, me dirijo ao carro e o coloco para dentro.
12:00hs.
Almoço, enquanto ouço maman reclamar da bagunça dos quartos superiores da casa e chamo meu irmão para almoçar. Ele se lembra da data e me dá os parabéns. Depois vai almoçar.
13:00hs
A briga recomeça. Desta vez envolvendo novamente maman e minha irmã caçula. Ambas gritam e se ofendem. Maman diz que não vai mais a audiência do pai dela e pede que eu ligue para a Defensora Pública do caso. Esta, quando atende minha ligação, me dá os parabéns. Eu agradeço e passo o telefone para maman.
13:15hs
Minha irmã caçula que está na cozinha me dá os parabéns. Desse jeito: “Ei, hoje é teu aniversário, né? Parabéns! Eu quase esqueci!”.
Eu digo que dispenso os cumprimentos, pois ela jamais foi sociável e se no ano passado não me felicitou, não há necessidade de falsidades agora.
14:00hs
A briga continua. Eu limpo coisas que foram derrubadas no chão, com a ajuda de meu irmão e ligo para a clínica de maman. A atendente ao telefone, me cumprimenta e me deseja um Feliz Aniversário.
14:30hs
Estou diante do computador, escrevendo uma crônica sobre o meu aniversário e concluindo, sim, hoje é doze de junho, mas apenas um dia como outro qualquer...

Lembro-me de que sábado pedi a maman que não me parabenizasse hoje. Ela me deu lindas roupas de presente, que me alegraram a vaidade como alegriam qualquer mulher em qualquer época do ano. Mas eu não gosto da data do meu aniversário. Simplesmente, porque aniversários são para serem comemorados no dia, juntamente com pessoas que demonstrem ter o espírito da festa. Que demonstrem estarem alegres com a sua existência, que mesmo brigados com você, saibam serem gratos por contarem com sua amizade, com sua existência, com seu afeto... Não se trata apenas de dizer “Parabéns!”... Mas tudo bem... Isso já não tem mais importância... Fiz vinte anos e creio que estou amadurecendo... No fundo o que reconheço é que sempre que faço aniversário só me dá vontade de chorar... Talvez eu chore mesmo, chore a minha solitária verdade dos fatos... Aniversário é para quem pode... Quem convive com pessoas que não se importam com isso, deve aprender a não se importar... Afinal, são apenas dados estatísticos... Mais um dia no calendário... Eu poderia ter nascido hoje, ontem, amanhã... Qualquer dia é dia...

TEMPO__________________________________________
Tempo
Isso soou tão deprimente para mim, que resolvi ponderar no post as notícias boas do dia! As ruins também... Uma lista do resumo da tarde! É válido dizer que o dia chegou ao fim, e como qualquer terça-feira, mostrou-se ser apenas mais um dia...
1. Passei em primeiro lugar no concurso para estágio remunerado da universidade;
2. Consegui responder a prova de Direito Comercial (os fins justificam os meios! – rs);
3. Li um post muito alegre na página da minha querida amiga ana. (http://www.arosadodeserto.zip.net) em homenagem ao meu aniversário, comprovando que por mais que os dias sejam iguais, as amizades jamais serão.
4. Assisti uma audiência – a da minha irmã caçula – o juiz era escrivão na época do primeiro processo dela, e agora que é juiz, sofre daquele mal “juizite”! Para quem desconhece o termo, é a capacidade de se achar perto de Deus! Grosso feito um cavalo! Não, na verdade estou ofendendo aos meus amigos eqüinos...
5. Fui ao shopping sozinha, curtir o fim do meu aniversário! Maman se ofereceu para me acompanhar, mas não aceitei, pois sei que ela iria de má vontade... Além disso, as vezes precisamos da solidão do silêncio...
6. Comi um BIGMAC no shopping sozinha, sem ninguém pitaculando minha alimentação! ( Isso seria propriamente bom? Não! É uma péssima alimentação! Mas tive privacidade!);
7. Assisti ao filme Premonições com Sandra Bullock, na verdade, bem desconexa a história, todavia, com duas lições de moral: milagres existem – a vida é um deles! – ter fé será sempre outro...
8. Meu aniversário pode ter sido banal e sem finalidade, mas acreditar que a vida que tenho palpitando em meu peito ainda vale a pena, deve ser supremo, do contrário, por quê estaria viva, certo?
TEMPO
Tranqüila e Aprendendo.
TEMPO
Esyath Barret

quarta-feira, junho 06, 2007

O ESPELHO - O "EU"

"O que enxergas no teu espelho?
Tua verdade ou tua vontade?"
(Esyath Barret)
REFLEXO!
“- Olhos que expressam segredos, inocência, verdade, juventude e sedução.
- É assim que você os vê realmente?
- Sim!
- Que interessante! E o que mais você vê?
- Que apesar de interpretar seus olhos assim, nem sempre consigo achá-la linda.
- Que lisonjeador!
- Mas nem por isso, consigo viver sem você!
- Jura?
- Sim! Claro que tem horas que eu gostaria de ver em você, outra pessoa.
- Outra lisonja?
- Mas no fundo, sinto que a única pessoal leal a você, sou eu! Mesmo não a conhecendo totalmente, mesmo nem sempre a amando fielmente, eu estarei sempre ao seu lado.
- Obrigada!
- Isso não é um favor! É a vida!
- Então tem algo que você ainda é capaz de apreciar em mim?
- Sua capacidade de ser uma metamorfose (des)conexa, mas totalmente conexada! Generosidade e caprichos! Grandes paradoxos que andam juntos e a definem!”

- ESYATH, DEIXE DE FICAR FALANDO SOZINHA DIANTE DESTE ESPELHO!!!! – Bradou a Sra. Barret.

"- Maman, eu estava apenas discutindo a relação..."
VERDADE!
Histórias (Des)conexas nos acontecem incontáveis vezes ao dia. De modos variados. Mas muitas vezes, é preciso conversar consigo mesmo e perguntar-se se o que você vê, é realmente aquilo que deseja, ou meramente aquilo que você quer enxergar. O que desejamos não é necessariamente aquilo que realmente tencionamos. É importante abrir os olhos, vendar os ouvidos para não se deixar influenciar pela opinião alheia. Opiniões secundárias, quando construtivas são fundamentais, mas não podem fazer nossas escolhas. Estas, cabem apenas a nós. Por isso, venho tentando compreender exatamente aquilo que sinto, que anseio e que teimo em enxergar em mim. É comum aspirar algum desejo, mas acabar tendo opiniões infelizes apenas por costume... Costume de enxergar-se simploriamente, sem ser o que se é de verdade ou o que se deseja realmente... É totalmente (Des)conexo!
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Estou acabando a fase de provas. Passei em algumas disciplinas, mas só me livrarei definitivamente destas algozes, no fim da próxima semana. Não posso perder nenhuma disciplina neste semestre. E novamente prometo para mim... "Nunca mais deixarei provas para repor!" Mas esta é outra História (Des)conexa...
Agradeço a todos o incondicional apoio que me conferem. Alguns agradecimentos em especial:
1.Vicente Siqueira (Viny para os íntimos, no caso, eu! - rs) pelo apoio e atenção que me deu nos últimos dias. Além de ler todos os meus posts, o que exigiu muita disposição de sua parte, comentou e me deu forças para não desistir da minha escrita.
2.Loba (A célebre literata blogueira!) pelo incentivo que também tem me dado para eu não desistir de meu próprio eu e por publicar aqueles poeminhas de quinta que eu escrevi recentemente! - rs.
3.E a todos que aqui me lêem, pois mesmo não sabendo, têm me ajudado a descobrir a verdadeira história sem nexo que embasa quem sou!
ESPELHO DA VERDADE!
Admirada e Surpresa.
Esyath Barret

sexta-feira, junho 01, 2007

JOVENS: TOLOS E ROMÂNTICOS

"A juventude é terrivelmente romântica.
Os sábios, terrivelmente céticos.
Deve existir um meio termo!"
(Esyath Barret)

CRÔNICA SEM NEXO DE UMA JOVEM

Por Esyath Barret

PENSAMENTOS (DES)CONEXADOS

Eu estava andando e recordei-me dele. É engraçado, como nós, jovens, podemos ser tolos. Vi uma gestante e pensei se algum dia serei mãe... Depois recordei-me dele com seus belos olhos azuis, e pensei em um garotinho lourinho, com lindos olhos claros... Que bobagem devanear desse jeito. É claro que não sei se serei mãe... É claro que meus filhos provavelmente terão olhos castanhos como eu... É claro que eu não tenho vocação para a maternidade... É claro que sonhar com amor é tolice... Quer dizer... Olhe para a minha vida!!! Não tenho direito a isso. Na verdade essas utopias, são contos, lendas... Típicos de romances. Nada mais, nada menos... A vida é curta e deve ser vivida rapidamente... Não tenho tempo para sonhos e divagações. Quando pude escolher, não quis... E olhe que tive muitas oportunidades... É só... que eu descobri ter uma queda por olhos azuis... Bobagem! É melhor ir estudar... Alguém me disse que sonhos e ilusões eram coisas típicas de príncipes e princesas da Idade Média, porque apesar das guerras e intrigas que acompanham a humanidade desde seu princípio, naquela época eles tinham muito tempo ocioso, e podiam empregar seu tempo em pensamentos e romantismos... Talvez seja apenas porque pior do que ser tola, eu sou romântica. O que no fundo, é muito pior... Pelo menos tenho consciência disso... Sonhar é bom, mas não me satisfaz o bastante. E viver sonhos? Eu diria, que eles não estão ao meu alcance... Pelo menos, não sonhos de natureza romântica... Provavelmente porque não me aceito... Se não me aceito, como posso imaginar que alguém me aceitaria? Se esse alguém não me aceitar, uma vez que eu mesma não me aceito, seria terrível sofrer com a ferida da rejeição. É melhor guardar minha coragem para desbravar aventuras profissionais, jurídicas e literárias. Desbravar o mundo que quero conhecer... Apesar de desejar amar... Nunca estive pronta para isso... Não nasci para ser amada, porque não sei amar... Acho, que sei apenas escrever e divagar... Então, é melhor ir sentar ali e estudar... Meu preceptor, não gostaria de me ver sentada aqui, escrevendo sensibilidades que não levam a nada...


*Ainda terei mais uma semana causticante de provas, e acredito lealmente, que esta pressão psicológica está me levando a ser nostálgica... Lembrar de coisas que pensei estarem relegadas a um passado que desconexamente, nem parece que foi meu... Estou visitando todos na medida do possível... Agradeço desde já as palavras de admiração que têm me dedicado e até mesmo, as críticas! – risos – Prometo ser mais assídua assim que tiver certeza de que consegui vencer meu maior desafio: passar neste semestre em todas as disciplinas.